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TRAGÉDIA DA VALE

Pescadores e ribeirinhos ainda sofrem prejuízos com a contaminação de rios

Segundo os pescadores, as comunidades de Tronco, Lagoa do Meio e Flores ainda sofrem com prejuízos no rio Paraopeba e no lago de Três Marias

Publicado em 14/10/2022 às 13:30
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(Foto: CADU ROLIM/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO)

"Eu falo isso com quatro lágrimas nos olhos: não dá pra alimentar". Essa é a fala de Serafim Gonçalves da Silva, atingido pela tragédia da Vale, em Brumadinho - que continua impactando comunidades quatro anos depois do rompimento. Em 2019, a tragédia deixou 272 mortos.

Pescadores e ribeirinhos ainda reclamam da falta de peixes e da dificuldade de acesso à água. "A pesca do Tucunaré na nossa região mata a fome de muitas pessoas que são aposentadas com salário precário", disse em um documentário produzido pelo Instituto Guaicuy.

Segundo os pescadores e ribeirinhos, as comunidades de Tronco, Lagoa do Meio e Flores ainda sofrem com prejuízos no rio Paraopeba e no lago de Três Marias.

Maria Aparecida, conhecida como Dona Cici, também fala do temor das pessoas com a qualidade da água. “Estavam dizendo que a água estava contaminando muita gente. O povo já ficou cismado de comprar os peixes”.

Já Usilene Pereira da Fonseca explica que várias pessoas tiveram que mudar de ramo de trabalho. “Gente mesmo aqui da comunidade sobrevive da pesca. Eu tive que correr pra buscar outros meios. Não tinha como a gente ficar pescando que não vendia o peixe."

Em nota, a Vale afirma que, até que seja concluída uma solução definitiva para a interrupção da captação de água no Rio Paraopeba, os moradores estão recebendo o recurso por meio de caminhão pipa. 

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