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NA ESPERA

Mãe relata dificuldade em conseguir atendimento para filho autista em Brumadinho

Segundo ela, desde dezembro vem tentando vagas com fonoaudiólogo e para terapias

Publicado em 07/05/2024 às 15:15
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Filho de 2 anos e 11 meses tem dificuldades em ser atendido pelo NUNI (Foto: Pixabay)

Uma mãe relatou ao Portal da Cidade a dificuldade em conseguir atendimento para filho autista no Núcleo de Neurodesenvolvimento Infantil (NUNI) em Brumadinho. Segundo ela, desde dezembro vem tentando vagas com fonoaudiólogo e para terapias.

Conforme a denunciante, o filho de 2 anos e 11 meses tem enfrentado problemas para ser atendido pelo NUNI, estando na fila de espera a mais de 5 meses. “O encaminhamento foi feito em dezembro do ano passado e sempre tento contato com eles e a resposta é sempre a mesma: não tem vagas para as terapias e fonoaudiologia e não dão nenhuma previsão pra quando ele terá o acompanhamento necessário”, diz a mãe.

Ela ainda relata que não é a única mãe preocupada que busca atendimento urgente para uma criança autista na cidade. “Depois de uma única consulta remarcaram um retorno que ainda não aconteceu. Mas as terapias ocupacionais e comportamentais ainda não tiveram previsão para agendamento e a fono também não. É uma espera angustiante pra quem tem um filho com atraso de fala e quando se trata de autismo a intervenção precoce é crucial. Tempo é crucial!”, desabafa.

O Portal da Cidade entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde na tarde de segunda-feira, 06, e também nesta terça-feira, 07 de maio.

Apenas às 16h31, após esta publicação, a Secretaria de Saúde se manifestou sobre o tema. Confira a nota enviada ao Portal da Cidade:

"O NUNI (Núcleo de Neurodesenvolvimento Infantil), é um projeto do município que tem como objetivo atender crianças com alteração no neurodesenvolvimento. Este projeto é pioneiro na região e as demandas estão cada vez maiores. A secretaria de saúde não está medindo esforços para sana-las. Em 3 anos saímos de um corpo clínico de apenas 7 profissionais para 18, de um espaço de 8 salas para 14. Mas infelizmente por ser um projeto pioneiro e se tratar de crianças que iniciam seus atendimentos sem uma data para ter alta, nos deparamos com vários desafios. Entre eles a dificuldade em dar alta, a falta de profissional capacitado para contratação, a dificuldade do público entender que somos uma rede, onde não só o NUNI tem qualificação para atender essas crianças, a dificuldade dos assistidos em aceitar receber alta e de se comprometerem a não faltar aos atendimentos. Mas apesar dessas dificuldade estamos fazendo o possível para tentar equalizar a capacidade de atendimento a demanda, com a capacitação dos pais e cuidadores, orientado e capacitando também toda a rede de saúde e implantando táticas para reduzir o tempo de espera para os novos atendimentos.

A coordenação do NUNI encontra-se disponível para qualquer esclarecimento necessário".

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