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RECONHECIDO

Inhotim recebe o selo de Jardim credenciado pelo BGCI

Instituto de Brumadinho é o primeiro jardim botânico do Brasil a receber o selo de credenciamento da maior rede de jardins botânicos do mundo

Publicado em 17/04/2024 às 12:00

Válido por 5 anos, o selo foi obtido após processo de certificação submetida ao BGCI em 2023 (Foto: João Rosa)

 Instituto Inhotim em Brumadinho recebeu o selo de BGCI Accredited Garden do Botanic Gardens Conservation Internation. Isso significa que o Inhotim é o primeiro jardim botânico do Brasil a receber o selo de credenciamento da maior rede de jardins botânicos do mundo.

Válido por cinco anos, o selo foi obtido após processo de certificação submetida ao BGCI em 2023 com o objetivo de aprimorar sua atuação e se alinhar com os padrões internacionais estabelecidos nessa rede.

A relação do Inhotim com o BGCI existe desde 2021, quando o Instituto se afiliou à instituição, referência na coordenação, capacitação e mobilização de jardins para ações de priorização, planejamento e monitoramento para conservação de plantas.


Mapa de jardins botânicos certificados pelo BGCI em março de 2024. O Inhotim é o primeiro jardim botânico brasileiro a receber a certificação. (Imagem: Divulgação/BGCI)


Para obter a certificação, o Inhotim foi avaliado em critérios que abrangem: liderança, gestão de coleções, fitotecnia, educação ambiental, ações de conservação, pesquisa científica, equipe especializada, parcerias institucionais e práticas de sustentabilidade.

O BGCI define componentes básicos para uma instituição ser reconhecida como jardim botânico e que ajudam a medir o seu desempenho e sucesso, tais como:

  • Garantia de permanência e abertura ao público;
  • Base científica para as coleções de plantas, com documentação, monitoramento e manutenção adequadas dessas coleções;
  • Identificação adequada de plantas com placas;
  • Promoção da conservação por meio de atividades de extensão e educação ambiental;
  • Troca de sementes ou outros materiais com outros jardins botânicos, arboretos ou instituições de pesquisa;
  • Realização de pesquisas científicas ou técnicas sobre plantas nas coleções, incluindo taxonomia, biologia molecular, bioquímica, ecologia, conservação da biodiversidade e outras disciplinas;
  • Conservação de plantas raras e ameaçadas em coleções ex situ (por exemplo, no jardim, bancos de sementes, etc.) e, sempre que possível, nos seus habitats naturais;
  • Conformidade com os quadros regulamentares internacionais e nacionais (por exemplo, CDB, CITES, fitossanidade, espécies invasoras, etc.);
  • Adoção e promoção de práticas sustentáveis, como energias renováveis, conservação de água e reciclagem de resíduos;
  • Adoção e promoção de padrões éticos relacionados ao conhecimento, compartilhamento de dados, compras, comercialização e emprego.

A obtenção deste selo certifica que o Instituto opera segundo os mais altos padrões internacionais para jardins botânicos. A certificação obtida também é um recurso que distingue jardins botânicos de outros tipos de jardins e reconhece instituições que colaboram para a conservação da flora.

Em breve, a Curadoria Botânica iniciará mais um processo de certificação com o BGCI para obtenção do selo de Práticas de Conservação.

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