Crianças expostas à poeira de mineração têm 3 vezes mais alergia respiratória

Crianças expostas à poeira de mineração em Brumadinho têm 3 vezes mais alergia respiratória. Isso é o que diz o estudo “Alterações respiratórias em crianças expostas à poeira de resíduos de mineração em Brumadinho, Minas Gerais, Brasil: Projeto Bruminha” publicado na edição de fevereiro do 'Cadernos de Saúde Pública', da Fiocruz.

O estudo teve como objetivo investigar a ocorrência de problemas respiratórios em crianças expostas à poeira de resíduos de mineração após o desastre do rompimento da barragem em Brumadinho.

Foram avaliadas 217 crianças de 0 a 6 anos em Córrego do Feijão, Parque da Cachoeira, Tejuco e Aranha.

Conforme o estudo, os residentes nas comunidades expostas tiveram uma maior frequência de afecções das vias aéreas, bem como de alergia respiratória. O grupo exposto apresentou 1,5 vez mais relatos de alergia respiratória em comparação com o não exposto. Além disso, crianças que viviam nas comunidades expostas à poeira de resíduos apresentaram três vezes mais chance de ocorrência de alergia respiratória.

Foram consideradas populações expostas à poeira de mineração as residentes em Parque da Cachoeira, Córrego do Feijão e Tejuco e não expostas, as residentes em Aranha.

Ainda de acordo com o estudo, em investigação também realizada em Brumadinho com adultos, foram encontrados resultados similares aos observados para a população infantil.